Sereia Ana, de Amsterdã ao Cruzeiro
Ela caiu nas graças de quem já foi Ângelo no Garota Carioca. Do cabo, do administrador, do governador. Como diria Chico, você não gosta de mim, mas sua filha (mesmo longe) gosta
Estou me permitindo neste início de semana, mergulhar no doce saudosismo.
Talvez fruto das coisas boas do passado, recordadas durante o feriadão, que passei ouvindo Chico Buarque.
Descobri ao som de Ana de Amsterdã, que a angústia que me invadiu ao longo dos últimos meses se dispersara.
Não pela Ana dos diques, das docas, mas a Ana das trocas das pernas.Não a Ana dos bichos, das loucas, mas a Ana do cabo, do administrador, do deputado. E do governador.
A Ana que cruzou um Oceano, como sereia que é, na esperança de casar. De quem já beijou muito Gaspar até cair nas graças de quem já foi Ângelo.
A Ana que deu muita braçada ao se entregar a um grande mar (de lama), que hoje é carta marcada, que virou jogo de azar.
A Ana das marcas, das macas.Ah, a Ana dos relógios, das pratas.
A Ana que degusta Alexander em taça de cristal polonês no Garota Carioca.Até amanhã, ela é Ana.
Não a Ana de Amsterdã, mas do Cruzeiro, da Octogonal.A Ana do Jorge Maravilha, que como a filha, gosta do tango, do dengo, do mengo.
A Ana que não gosta de mim.Você também não gosta.
Mas sua filha, com os hermanos que esteja, gostaFonte: Blog do José Seabra
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