quarta-feira, 1 de junho de 2011

M Brasil abasteceu campanhas de petistas

Sócios da M Brasil, que doou R$ 600 mil para campanhas, moram na periferia e não se conhecem

Todos os dias, o sargento do Corpo de Bombeiros da Bahia, Marcelo Abdon Gondim, de 43 anos, acorda cedo e deixa o bairro humilde Jardim Lobato – na periferia de Salvador – para pegar o ônibus em direção à unidade onde trabalha. A vida do militar, que figura como sócio- proprietário da empresa M Brasil Empreendimentos Marketing e Negócios LTDA, não lembra, nem de perto, a rotina de um empresário que doou R$ 600 mil para vários políticos nas eleições passadas.

Os rendimentos do sargento – que ganha R$ 1,9 mil e faz bicos na Polícia Militar – também estão bem longe dos benefícios que poderia desfrutar caso movimentasse os mais de R$ 100 milhões que a empresa colocou no mercado financeiro paulista, por meio de cédulas de crédito imobiliário.

A reportagem do Jornal de Brasília esteve em Salvador e conversou com o suposto dono da empresa carioca. Sentado em uma mesa na praça de alimentação de um shopping, o militar contou que foi procurado pelo ex-deputado estadual Jair Marchesini (PDT-RJ).

“Fiquei conhecendo o Jair por meio do irmão dele, que é major da minha corporação. Ele me propôs abrir a M Brasil em meu nome e para levar uma rede de farmácias de sua propriedade para Salvador. No entanto, o negócio (das farmácias) não evoluiu”, contou.

O sargento disse que nunca desconfiou que seu nome continuava a figurar como dono de uma empresa que estava jogando milhões de reais no mercado financeiro e ainda fazendo doações de campanha para deputados de vários estados do País.

“É como se eu fosse milionário sem ter dinheiro. Cheguei a ligar para o Marchesini e perguntei se ele havia finalizado a empresa e ouvi que não havia mais nenhum tipo de negócio e nada mais estava em meu nome”, contou.


Abdon contou que pretende procurar a Receita Federal para tentar retirar seu nome do quadro societário da M Brasil. “Nunca imaginei que essa história fosse acabar com tanto dinheiro financiando campanhas eleitorais”, contou.

 Casa de madeira


A situação do outro sócio-proprietário da M Brasil, Leandro dos Santos Reis, não é muito diferente das dificuldades vividas pelo sargento Marcelo Abdon.

Trabalhando em uma empresa distribuidora de gás e morando em uma casa de madeira no bairro de Boa Viagem, também na periferia de Salvador, Leandro precisou segurar em um muro e respirar fundo quando foi procurado para falar sobre sua participação na empresa carioca.

Ele, que figura como sócio do militar na M Brasil, contou que nunca ouviu falar ou já teve contato com Marcelo Abdon. “Não conheço essa pessoa e nunca fui dono de empresa nenhuma. Muito menos tive todo esse dinheiro. Minha casa está cheia de goteiras. Falta dinheiro até para fazer esses reparos”, contou.Durante a apuração, a reportagem ainda identificou dois endereços alternativos de Marcelo Abdon e Leandro Reis, na Barra da Tijuca, bairro nobre do Rio de Janeiro. Nos dois endereços existem mansões, com grandes áreas de lazer, que incluem piscinas.

CONGLOMERADO

Por meio de sua assessoria, o Grupo Barenboim, procurou a reportagem para afirmar que incorporou a M Brasil ao seu conglomerado de empresas. De acordo com as informações, a empresa é parte do grupo Barenboim, desde 2008, com 99% das quotas pertencentes à Barenboim S.A. e 1% a Pedro Barenboim, fundador do grupo. A principal atividade da empresa é a prestação de serviços de consultorias e locação de imóveis de sua propriedade. Ainda foi esclarecido que o capital social integralizado da M Brasil é de R$ 38 milhões, oriundo de imóveis de sua propriedade. No entanto, a empresa teve ganhos recordes, pois foi adquirida pelo valor de R$ 1 mil – ainda em estágio pré-operacional – em novembro de 2008. (CC).

Fonte: Jornal de Brasília (Extraído do Blog do Sombra)

ANÁLISE DO BLOG BRASÍLIA EM OFF

O deputado Chico Vigilante é de um cinismo que beira o ridículo. Imaginou que a Nota divulgada por ele, nesta semana, seria o suficiente para por fim à polêmica que envolve as doações de sua campanha eleitoral de 2010. Primeiro foi a estranha doação da empresa ENGEBRAS, que lhe deu a caridade de 25 mil reais. Quando questionado, disse que tudo foi legal e que a denúncia era apenas "futricas" da oposição. Porém, nada explicou sobre suas relações com o atual diretor de Segurança de Trânsito, José Lima Simões,  e com o atual diretor-geral do DETRAN-DF, José Alves Bezerra. Os dois são correligionários de Chico e trabalharam na sua campanha. Simões já foi flagrado dirigindo um dos carros da PERKONS, outra empresa  que tem um contrato milionário com o DETRAN-DF. Agora, o deputado Chico Vigilante esbravejou contra o dono do Jornal de Brasília, o senhor Marcos Lombardi, tentando desqualificar a denúncia de ter recebido 100 mil reais doados pela empresa de fachada, M Brasil. Segundo sua Nota Oficial, o dono do JBr fez a denúncia em represália à sua aguerrida atuação contra os cartéis dos donos de postos de gasolina em Brasilia, que Lombardi faz parte (é dono da rede Gasoline). Parece mesmo que o deputado tem fundadas razões, pois ele é o autor do projeto que autoriza as redes de supermercados venderem combustíveis. No entanto, o deputado sequer citou a empresa M Brasil, tentando com isso desviar o foco das denúncias. Ele tem muito a explicar sobre suas relações com uma empresa de laranjas, que distribuiu 600 mil reais em doações eleitorais. Desse montante, além da doação a Chico Vigilante, 300 mil reais foram parar na campanha do atual governador Agnelo Queiroz (PT); 100 mil para Guilherme Narciso de Lacerda, candidato a deputado federal pelo PT-ES; 50 mil para a campanha a deputado federal de Ricardo Berzoini (PT-SP), amigo de Chico Vigilante. Sônia Berzoini, esposa do deputado paulista, se dedicou na eleição de Chico à Câmara Legislativa, demonstrando que existe um elo entre ambos. Outros 50 mil foram para a campanha de Fábio Faria (PMN-RN), ex-namorado da apresentadora do programa Pânico na TV, Sabrina Sato, e também aliado de primeira hora dos petistas no Congresso Nacional. Algo de podre está por trás dessas generosas doações. Cabe ao Minstério Público Eleitoral investigar as denúncias  e não se deixar envolver pela "cantilena esfarrapada" de Chico Vigilante. Comprovado o esquema fraudulento, Agnelo Queiroz e seu deputado nada "vigilante" poderão perder o mandato. Quanto ao senhor Marcos Lombardi, dono do JBr, ficou evidente que o seu alvo é apenas Chico Vigilante, pois a reportagem de seu jornal poupou os 300 mil reais doados pela M Brasil a Agnelo Queiroz. Agnelo por sua vez se cala, como tem feito desde que assumiu o seu governo...Um silêncio misterioso e pertubador  ...Veja AQUI o link com as doações suspeitas da empresa M BRASIL

1 Comente esta matéria:

Anônimo disse...

Preço da gasolina isso é o que importa rede de combustíveis safada.
Quanto a ELOS políticos isso é a coisa mais normal em todo o mundo.
Quanto a vida pessoal de Deputados acho que o Blog viaja pois não me interessa, e só sei que a sabrina é gostosa.
Adjetivos e conclusões acho que o blog perde credibilidade!!

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