Por Onde Anda?

Ex-deputado distrital GILSON ARAÚJO

Gilson Araújo foi deputado distrital da primeira Legislatura de 1991/1994, juntamente com nomes de pesos da política de Brasília, tais como o atual governador Agnelo Queiroz, Geraldo Magela, Wasny de Roure, Cláudio Monteiro, Pedro Celso, José Ornellas, Lúcia Carvalho, Benício Tavares, Maria de Lourdes Abadia, Manoelzinho e Carlos Alberto Torres. Antipetista por opção, Gilson foi também o primeiro administrador regional do Paranoá. Foi eleito pelo PTR, partido à época do ex-governador Joaquim Roriz, e em seguida se filiou ao PTB. A sua atuação na Câmara Legislativa foi discreta, sendo o vice-presidente da CPI da Terra e um dos signatários da Lei Orgânica do DF. Nos úlimos anos, se dedicou à Executiva Nacional do minúsculo partido PHS. Fora da política, exerceu a função de Técnico em Contabilidade da antiga Telebrasília. Ontem, ele foi visto dando expediente no gabinete da petista ERIKA KOKAY na Câmara Federal, na função de contínuo, um faz tudo, sem direito a mesa e assento, em razão do pouco espaço na repartição. Sinais do tempo....


MÚCIO ATHAYDE, o Homem do Chapéu

O mineiro Múcio Athayde, conhecido aqui como o “Homem do Chapéu, marcou parte de sua história política também em Brasília. Deputado Federal do PMDB de Rondônia, na Legislatura de 1983/1986, resolveu fincar raízes na capital, planejando ser o primeiro governador após o período militar. Os planos, porém, foram interrompidos por uma série de confusões políticas provocadas pelo próprio deputado.

Em 1985, investiu na campanha de Tancredo Neves na disputa pela presidência da República contra o candidato dos militares, deputado Paulo Maluf. Para isso, assediou lideranças comunitárias locais para apoiá-lo na luta pela automina política do DF. Adquiriu o já falido jornal Última Hora de Brasília, transformando-o em Correio do Povo e por último em O Povo de Brasília. Comprou uma fábrica para a confecção dos chapéus, que seriam distribuídos ao povo. Esperto, procurou angariar simpatia na periferia do Distrito Federal, almejando conquistar as cidades com o maior número de eleitores.

Ceilândia, o principal reduto de sua estratégia, foi palco de um fato bizarro e pitoresco. O “Homem do Chapéu” programou um grande Comício no centro da cidade para a campanha Tancredo Já, com um público estimado em mais de 30 mil pessoas e com as presenças do próprio candidato Tancredo Neves, do deputado Ulysses Guimarães e da cantora Fafá de Belém. No entanto, nenhuma das personalidades, anunciadas pelos inúmeros carros de som e por vasta distribuição de panfletos, compareceram ao evento. Impaciente pela espera e depois informada pelo próprio Múcio de que Tancredo e os demais não iriam ao comício, a multidão enfurecida destruiu o palanque e quase o linchou.

Eleito Tancredo Neves, Múcio Athayde esperava ser o governador tampão, o que de fato não ocorreu. Daí passou a fazer oposição ao escolhido, José Aparecido de Oliveira, no intuíto de se projetar para a eleição ao Senado de 1986. Esbanjando dinheiro  e distribuindo chapéus aos pobres, já no início do processo eleitoral, teve a candidatura cassada pelo TRE-DF e confirmada pelo TSE por abuso do poder econômico. Perambulou ainda por algum tempo em Brasília, até desaparecer de vez do cenário político da cidade.

O “Homem do Chapéu”´, advogado, iniciou a sua vida política ainda em Minas Gerais quando lá se elegeu deputado estadual e federal pelo PTB. Na juventude se mostrou um conquistador. Namorou Márcia Kubitschek, filha de JK e mais tarde casou-se com Stael Maria da Rocha Abelha, Miss Brasil de 1961. Aliás, Stael deixou de concorrer ao concurso de Miss Universo por puro ciúme de Múcio.

Em 1964, já deputado federal teve seus direitos políticos cassados por 10 anos pelo Regime Militar, que acabara de assumir o Poder. Dizem que o motivo foi o seu envolvimento com corrupção. Em 1970, como empresário e construtor fundou o grupo Engenharia Desenvolvimento e lançou um empreendimento imobiliário ambicioso no Rio de Janeiro, o Athaydeville. Projetado pelo arquiteto Oscar Niemayer, o conjunto de torres em condomínio fechado foi um fracasso e o dinheiro de quem adquiriu uma cota virou entulho. O desespero das famílias foi tema do filme O Redentor. Com o fracasso e perseguido pelos credores, ele se aventurou a desbravar o território de Rondônia, se elegendo deputado federal pelo PMDB. Foi também o senhor das comunicações. Em Rondônia possuía o jornal O Guaporé e uma rádio; Em Goiás, tinha a TV Goyá, depois vendida para a Record do Bispo Macedo,  e a Rádio Formosa AM; No Rio de Janeiro, foi dono da TV Record; e, em Brasília, da rádio Atlântica FM e do jornal Última Hora (O Povo de Brasília). Em todos esses negócios, Múcio deixou um passivo trabalhista reclamado até hoje por muitos empregados de suas empresas.

Hoje, Múcio Athayde, vive nos Estados Unidos, em Miami, onde lá foi igualmente megalomaníaco, ao tentar erguer, através de sua construtura New Florida Properties Corp, um conjunto de prédios residenciais no balneário de Miami Beach. A empresa teve sua falência decretada por dívida e só voltou a funcionar após um período de intervenção judicial.

Para quem o procura, o Blog Brasiliaemoff oferece uma ajuda, tome nota:

Múcio Athayde
No do CPF: 008.133.627-68 (no site da Receita Federal está pendente de regularização)
Endereço nos Estados Unidos
79 Collins Avenue.
Miami Beach, FL 33140
Phone: (305) 673-6644 - Fax : (305) 673-0018Phone: (305) 673-6644 - Fax: (305) 673-0018 Miami Beach, FL 33140
Phone: (305) 673-6644 - Fax : (305) 673-0018
EUA – Florida