“Uma briga entre moradores de rua e supostos usuários de drogas que vivem nos gramados atrás do Cine Brasília, na Quadra 106/107 Sul, acabou na morte, por carbonização, de um guardador de carros. V.P.C., de 45 anos, teria sofrido dois golpes com algum objeto perfurante e foi queimado por outros moradores de rua, com quem teria brigado, na madrugada de ontem. Moradores das quadras estão assustados com a mendicância no local e alegam que a Polícia Militar não atende aos chamados.
Entre 1h e 3h de ontem, vários moradores de rua, que vivem concentrados na área livre de gramado, onde também ficam quadras de esporte e áreas de convivência, se desentenderam e lutaram. Vários moradores ouviram a discussão, mas só depois que um deles ateou fogo a outro, a polícia foi acionada por porteiros”.
Este é um trecho da matéria intitulada “Confusão entre moradores de rua e supostos usuários de droga termina em morte”, do Jornal de Brasília, hoje, dia 08 de junho de 2011, dando conta da morte de um morador de rua. Cena que, nos últimos anos, vem se tornando muito comum nas áreas de Brasília e em suas adjacências.
Sem uma política governamental de combate à vulnerabilidade social, a tendência é que o problema venha se tornar uma calamidade pública. O GDF não possui nem um centro de referência visando o acolhimento de moradores de rua, oportunizando um adequado tratamento contra o consumo de drogas e álcool, bem como inserí-los novamente ao convívio social.
As ações governamentais, até o momento empreendidas, não surtiram os efeitos desejados. Apenas a Secretaria de Desenvolvimento Social tem a responsabilidade de resolver o problema. Não há uma política que envolva as demais secretarias de governo para dar sustentação aos projetos da área social.
Talvez, moradores de rua não sejam mesmo uma prioridade de governo, afinal muitos deles sequer possuem um registro de nascimento, quanto mais um título de eleitor, que seria capaz de atrair políticos em defesa da causa.
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