terça-feira, 7 de junho de 2011

MP acolhe representação contra governador do DF e deputado distrital

Deputadas Liliane Rorz e Celina Leão com a
 Procuradora-Geral de Justiça, Eunice Carvalhido.
O Ministério Público do Distrito Federal e Territórios (MPDFT) acolheu nesta terça-feira (07) uma representação contra o governador Agnelo Queiroz e o deputado distrital Chico Vigilante. O documento assinado pelas deputadas Celina Leão (PMN) e Liliane Roriz (PRTB) foi protocolado durante audiência com a procuradora-geral de Justiça, Eunice Carvalhido.

De acordo com denúncia da imprensa, os comitês de campanha dos dois receberam respectivamente, R$ 300 mil e R$ 100 mil em recursos de empresa supostamente fantasma. “Não estamos fazendo pré-julgamento algum. Queremos que o MP analise se há algum crime de acordo com as denúncias apresentadas”, explicou Celina Leão. “As denúncias são graves e os envolvidos precisam esclarecer para toda a população”, emendou Liliane Roriz.

A procuradora afirmou que em curto espaço de tempo as parlamentares terão uma resposta sobre a possibilidade de o Ministério Público investigar oficialmente o caso. “É obrigação do MP analisar e apurar todo o tipo de denúncias que envolvem pessoas públicas”, destacou Carvalhido.

Defesa

Beneficiado com recursos da empresa M Brasil, o distrital Chico Vigilante (PT) rebateu as acusações da imprensa com argumento de que suas contas foram aprovadas pelo Tribunal Regional Eleitoral (TRE). “Não estamos discutindo a aprovação das contas, mas a doação, mesmo que legal, de uma empresa supostamente fantasma e que se beneficiou de recursos públicos”, argumentou Celina.

Outro ponto questionado pelas parlamentares é o coincidente benefício a M Brasil dado por Agnelo Queiroz enquanto estava no comando da Agência Nacional de Vigilância Sanitária. “Logo após a saída dele do cargo, a Anvisa indeferiu o pedido de renovação de funcionamento dessa empresa, o que levanta suspeita sobre a legalidade do ato de Agnelo”, explicou Liliane.

As distritais ingressaram ainda com pedido de investigação junto ao Ministério Público Eleitoral. Se acatada a denúncia, uma representação para apurar o caso seguirá para a Justiça Eleitoral.


Fonte: CLDF (Extraída do Blog do Sombra)


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