Agnelo Queiroz (PT) é a rainha da Inglaterra do Distrito Federal. Quem governa de verdade são os dois Tadeus, o vice-governador Tadeu Filippelli (PMDB) e o secretário de Governo, Paulo Tadeu (PT). No momento, Filippelli é o governante de fato, em exercício. Agnelo Queiroz nem mesmo chegou da Argentina, onde foi conhecer estádios de futebol, e já pegou o avião para a Europa. À Argentina, Agnelo Queiroz foi com o chefe de gabinete Cláudio Monteiro e o secretário particular Bolivar Rocha. Não havia na comitiva ninguém da área de esportes. Comenta-se que a viagem à Argentina não foi oficial, já à Alemanha, França e Espanha tem esse cunho e o secretário de Obras, Pitiman, foi incluído à comitiva que conta novamente com Monteiro e Rocha. O governador pretende conhecer as novas tecnologias de tratamento de resíduos sólidos, transporte e também visitar estádios e trocar experiênciaspara subsidiar a preparação da Copa do Mundo – Brasília 2014.
Não é de hoje que os petistas reclamam da influência desmedida de Filippelli no governo, dizem que é maior que a do próprio governador. O vice comanda as principais pastas do GDF, de Obras, Transportes, o Metrô, a Caesb e a Novacap — secretarias por onde passam grandes somas em dinheiro —, além de dar pitaco em todas as demais áreas, principalmente na comunicação institucional. Para o PT, sobraram as secretarias que geram os maiores desgastes: Segurança, Saúde e Educação e onde estão os maiores problemas do GDF.
Agnelo prometeu, mas não conseguiu resolver os problemas. Paulo Tadeu não fica muito atrás de Filippelli quando o assunto é mandar. Sua pasta acaba de incorporar as funções da Casa Civil, o que aumentou ainda mais seu poder dentro do governo. Dizem as más línguas que Agnelo tem deixado o governo nas mãos de Filippelli com frequência e aumentou o poder de Paulo Tadeu na esperança que os dois coloquem a casa em ordem, já que em quase cinco meses o governador não conseguiu sair do lugar. A inércia é a principal característica do GDF.
Fonte: Jornal Opção (Extraído do Blog do Sombra)
ANÁLISE DO BLOG BRASÍLIA EM OFF
Os poderes delegados ao super secretário Paulo Tadeu e o poder “natural” do outro Tadeu, o Filippelli, são as características iniciais do governo de Agnelo Queiroz, que preza pela inércia e ineficiência. O resultado dessa simbiose política-administrativa tem criado uma crise de identidade do governo e gerado acirramento da luta partidária por mais espaço, sobretudo envolvendo as correntes internas do PT. A “sutileza” de Agnelo em surrupiar a Articulação, maior corrente do PT, do núcleo central do governo é a prova cabal de que ele se tornou um refém de Paulo Tadeu, ao dar-lhe superpoderes de Estado. Quanto à parcela do PMDB de Filippelli, é compreensível em razão da aliança eleitoral que fizeram em 2010.
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Não diria que o Agnelo se tornou refém do Paulo Tadeu. Sócio não é refém. São apenas "acertos" na "sociedade". Talvez uma retribuição do retorno dado por uma ONG denominada "Cata Ventos" com sede em Sobradinho. Vale a pela o Blog levantar a documentação e histórico de repasses desta ONG desde 2001. É de arrepiar os cabelos. Houve uma denúncia feita à CLDF em 2004/2005, mas foi estratégicamente arquivada.
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