sexta-feira, 6 de maio de 2011

O crime de dois promotores...


Nísio Tostes, Bandarra e Mauro Faria de Lima

Por 8 votos a 4, o pleno do Tribunal Regional Federal 1ª Região aceitou, ontem, denúncia do Ministério Público Federal contra os promotores de Justiça Leonardo Bandarra e Nísio Tostes Filho. Eles são acusados de praticarem advocacia administrativa (pena de três meses a um ano de prisão, além de multa) em favor do governador Arruda, no episódio de desvio de recursos da PMDF. O promotor Mauro Faria de Lima preparava uma denúncia contra a cúpula fardada em maio 2009, quando Bandarra e Tostes Filho, a pedido de Arruda, “convidaram” Lima para uma “visitinha” na residência oficial de Águas Claras. No encontro, o promotor foi cercado por Arruda, Bandarra, Tostes, José Geraldo Maciel e Roberto Giffonni, que tentaram, sem sucesso, demovê-lo da idéia de prosseguir com o caso. Garantiram que tudo seria resolvido administrativamente. Em outra ocasião, sem se darem por vencidos pelo resistente promotor, Bandarra e Tostes foram, à noite, até o seu apartamento e mais uma vez suplicaram pela não apresentação da denúncia contra Antônio Cerqueira e demais oficiais envolvidos. No dia seguinte, Mauro Faria de Lima, corajosamente, relatou à imprensa que vinha sofrendo pressões internas e externas ao seu exercício funcional. Diante de suas declarações, foi levado à Corregedoria do MPDFT, sob o silêncio da maioria dos promotores. Sem clima para permanecer na 3ª Promotoria Militar, o promotor pediu sua transferência para o Gama. Antes, porém, a operação “Caixa de Pandora” estourou o esquema de Arruda e Cia. Dias depois, o promotor foi condecorado com o título de Cidadão Honorário de Brasília e teve a sua “quase certa” punição abortada pelo Conselho Disciplinar. Coisas do Brasil, coisas de Brasília...

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