Subsecretário penitenciário do DF é formalmente acusado pelo MP

O atual subsecretário do Sistema Penitenciário do Distrito Federal – SESIPE, delegado André Victor do Espírito Santo (foto), é alvo de denúncia do Ministério Público do Distrito Federal pelo seu envolvimento com o caso do assassinato dos Vilelas, ocorrido em setembro de 2009. O delegado, amigo de Adriana Vilela, filha do casal e acusada pela CORVIDA e MP de ser a mandante do triplo assassinato, no curso do inquérito, foi flagrado trocando e-mails com a investigada, com o objetivo de informá-la de todo o andamento da investigação policial. A conduta, tipificada no art. 325 do Código Penal, é definida como crime de “violação de sigilo funcional”, com pena prevista de seis meses a dois anos de detenção ou multa. Na época, o delegado ocupava a função de diretor do Departamento de Polícia Especializada – DPE, o que caracterizava a sua condição de possuir informações privilegiadas do caso e de repassá-las para a amiga.

ASSASSINOS DO ÍNDIO GALDINO

Não é a primeira vez que André Victor falicita a vida de acusados da Justiça. Em 2003, quando era o diretor do Centro de Detenção Provisória – CDP quatro jovens condenados pela morte do índio Antônio Galdino tinham regalias dentro e fora da cadeia. A eles, eram permitidas saídas durante o dia. Os jovens aproveitavam as benesses para beber, namorar e dirigir livremente pelas ruas de Brasília. Quando retornavam, à noite, não se submetiam a nenhuma fiscalização ou revista. Após as denúncias, André Victor deixou a direção do CDP.  A ação do Ministério Público é mais uma dor de cabeça para o desastrado governo de Agnelo Queiroz.