A parceria da Via Engenharia e da Andrade Gutierrez na construção do Estádio Mané Garrincha, que já tem 35% da obra paga rende para o bolso do arrecadador do ex-governador José Roberto Arruda, Fábio Simão, 4% ao mês. Com este montante, Simão sustenta um seleto grupo de viúvas de Arruda.
Fábio Simão continua operando afinadíssimo com Filippelli. Simão é o fiel depositário de todos os acertos econômicos de Arruda, durante o Governo Agnelo, em troca do silêncio do ex-governador para não comprometer nem Agnelo nem Filippelli em seus “negócios” descobertos pelo Ministério Público.
A faraônica obra do Estádio Mané Garrincha foi negociada durante o governo Arruda e mantida por Filippelli. Após o término da Copa, o estádio que homenageia o grande jogador da Seleção Brasileira também ficará com as pernas tortas, pois será muito difícil sustentá-lo economicamente.
Fonte: Coluna do jornalista Mino Pedrosa (www.quidnovi.com.br)
ANÁLISE DO BRASÍLIAEMOFF
No Governo de Transição, logo após as eleições de 2010, o então governador eleito, Agnelo Queiroz, ainda sob o efeito da adrenalina da campanha eleitoral, disse que não seguiria com o projeto original da construção do novo Estádio Nacional de Brasília – o Mané Garrincha, caso a abertura da Copa de 2014 não fosse realizada na cidade. Disse ainda, com toda pompa, que os custos de R$ 702 milhões, previstos inicialmente, seriam reduzidos e que a capacidade de 70 mil expectadores cairia para 45 mil pessoas.
Ficou no discurso apenas. Hoje, o governador, não só manteve os contratos anteriormente firmados, como “finge” brigar com a cidade de São Paulo para sediar a abertura. Porém, outros propóstios estão embutidos na "jogadinha" do governador, que aos poucos vão se revelando. O primeiro passo foi afastar a Secretaria de Obras de qualquer ingerência sobre a Copa de 2014, passando a tarefa para o seu atual chefe de gabinete, Cláudio Monteiro, homem de sua estrita confiança. Outro passo, foi criar uma Comissão especificamente para cuidar de assuntos relacionados à Copa. Encabeça a lista desta Comissão o seu ex-desafeto e perseguidor, delegado Pedro Cardoso, que comandou a Operação Shaolin, desencadeada em 2010, resultando na prisão do lutador de artes maciais, João Dias, amigo de longa data do governador e operador de contratos suspeitos do projeto Segundo Tempo, do Ministério dos Esportes.
É difícil compreender que um delegado, na época, Pedro Cardoso era o diretor geral da Polícia Civil, que investigou o esquema do Segundo Tempo, visando relacionar as denúncias a Agnelo Queiroz, agora faça parte da equipe de seu governo, com cargo CNE-04. Ressalta-se que a Polícia Civil do Distrito Federal não possuía credenciais para proceder tal investigação, haja vista que a competência seria da Polícia Federal, em razão de envolver verbas federais dos contratos relacionados ao projeto Segundo Tempo.
Então, por que a Polícia Civil do Distrito Federal desencadeou a Operação Shaolin? Por que o delegado Pedro Cardoso se tornou homem de confiança de seu investigado, ocupando um importante cargo no GDF? Por que, da mesma forma, o então secretário de Segurança Pública, delegado João Monteiro Neto, é também homem de confiança de seu investigado, ocupando um cobiçado cargo no GDF, a diretoria geral do SLU? Por que Agnelo Queiroz designou o seu amigo e chefe de gabinete, o agente aposentado e ex-deputado Cláudio Monteiro para cuidar dos assuntos da Copa de 2014? São perguntas intrigantes e que aos poucos, o dia a dia vai nos dando a resposta. A matéria do jornalista Mino Pedrosa, em sua coluna no portal QuidNovi, talvez possa nos levar a uma das pistas para chegarmos a verosimilhança dos fatos, tal como aconteceram.
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Queria definitivamente as resposta destes porquês.
Fora Agnulo e todos os demais.O que estão esperando?
Emilia
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