Ao blog Brasília em Off
Este texto tem como objetivo, ainda, esclarecer alguns pontos divergentes publicados pela nota “Rugidos contraditórios”, na última segunda-feira (11/07), conforme segue a seguir:
1) Não existe, nem existiu qualquer conversa com titulares do governo Agnelo no sentido de pleitear cargos na Administração Pública do DF, conforme insinua a nota. Desafio qualquer cidadão brasiliense a apontar órgão do GDF onde haja nomeados com indicação da minha pessoa.
2) Fui alvo, durante o 1º semestre, de acusações levianas baseadas em dossiê apócrifo contra minha pessoa e meus familiares, cujas investigações, inclusive da Polícia Federal, concluíram tratar-se de uma farsa montada por adversários à minha conduta pautada por uma oposição coerente às minhas convicções políticas. Representação contra mim junto à Corregedoria da Câmara Legislativa, embasada por esse denuncismo irresponsável, foi arquivada depois da constatação da manobra política para atingir minha imagem como política.
3) Ao contrário do que diz a nota, levei adiante minha determinação em cobrar das autoridades competentes a investigação das denúncias envolvendo o deputado Chico Vigilante tanto na chamada “máfia dos pardais”, quanto nas supostas doações irregulares feitas pela empresa M Brasil. Protocolei, em conjunto com a deputada Liliane Roriz, representação junto à Procuradoria Regional Eleitoral e aos ministérios Público Federal e do DF e Territórios (MPDFT) e Público Federal (MPF) não só contra o deputado, mas também contra o governador Agnelo Queiroz, suposto beneficiário dos esquemas irregulares. Levei ao Congresso Nacional, a pedido do senador Demóstenes Torres, as informações que embasaram tais representações, com o objetivo de subsidiar o requerimento pedido pelo senador à Casa para cobrar do GDF e do parlamentar respostas às denúncias.
4) A criação da Frente Parlamentar Evangélica na Câmara Legislativa e a assinatura em requerimento de criação de uma Frente Parlamentar LGBT não são assuntos a serem tratados em pólos opostos, nem podem ser tratados como contraditórios. A defesa da liberdade religiosa, garantida pela Constituição Federal a qualquer tipo de crença, não impede e nem esbarra na defesa da liberdade de opção sexual ou, ainda, da defesa contra a discriminação de cidadãos brasilienses seja por cor, raça, classe social e/ou opção sexual. Como presidente da Comissão de Ética da Câmara Legislativa e cidadã cristã, defendo a liberdade de expressão de todo aquele que exerce seu direito constitucional.
5) No caso da prestação de contas da Secretaria de Juventude, não pode a mim ser atribuída falha com relação à prestação de contas dos recursos provenientes de convênio com o Ministério da Cultura pelo simples fato de que eu apenas assinei o referido convênio, em 28 de dezembro de 2006. A liberação dos recursos, conforme documentos públicos, somente foi feita dois anos depois de eu ter deixado a Pasta, em conta corrente no Banco do Brasil em favor da Secretaria de Governo no dia 10 de fevereiro de 2009. O dinheiro cuja prestação de contas está sendo contestada sequer foi utilizado pelo GDF, por descaso e incompetência de gestores públicos.
Assim, apesar de admirar o processo de apuração e as informações bem embasadas e publicadas, em grande parte, com exclusividade pelo blog que tem se tornado referência no DF, não posso deixar de esclarecer alguns pontos apontados por este veículo, sem que a mim fosse dado o direito do contraditório, base do bom jornalismo e garantido constitucionalmente a todos os cidadãos brasileiros.
Atenciosamente,
Deputada Distrital Celina Leão
Assessoria de Imprensa
Deputada Distrital Celina Leão (PMN)Câmara Legislativa, gabinete 14, 3º Andar
Telefones: 3348-8140 a 8146
Jornalista: Anna Karolina Bezerra
NOTA DA REDAÇÃO
Como dever jornalístico e pelo bem da verdade, este blog tece alguns comentários sobre as afirmações contidas na nota da deputada Celina Leão (PMN): Ao afirmar que foi alvo de acusações levianas baseadas em dossiê apócrifo, a deputada parece distorcer os fatos. Primeiro, o que se sabe é que as denúncias partiram de um levantamento realizado pela Administração de Samambaia, após análise de contratos firmados entre a empresa de seu cunhado com aquela regional; segundo, não se tem notícia que a Polícia Federal tenha investigado o caso, já que as denúncias são de natureza local, restritas ao Distrito Federal, em razão do objeto investigado não envolver verbas federais. Logo, não caberia à Polícia Federal emitir parecer pela conclusão de farsa das denúncias. As denúncias, sim, ainda estão em apreço no Ministério Público do Distrito Federal e no Ministério Público de Contas, que até o momento não concluíram e nem emitiram qualquer juízo sobre as quais.
Na Câmara Legislativa, o deputado Chico Vigilante, líder do bloco do PT/PRB, se encarregou de entrar com Representação contra a deputada. Mesmo que a Câmara, colegiado conhecido pelo seu lado corporativo, ter optado pelo arquivamento da Representação, os fatos ainda estão sendo investigados pelos órgãos fiscalizadores. É de ressaltar que a decisão pelo arquivamento, levou consigo a Representação contra o deputado Chico Vigilante, por este ter recebido doação da empresa de pardais Engrebrás, na sua campanha eleitoral. Podemos concluir que houve uma troca, uma acordo, um zero a zero ou mesmo um teatro.
O blog reafirma que a deputada Celina Leão é contraditória ao assinar Requerimento de criação da Frente Parlamentar LGBT, quando ao mesmo tempo apresentou como autora de Requerimento criando outra frente, a Evangélica, antagônica à requerida pela deputada Rejane Pitanga (PT). Aqui não se trata de defesa da liberdade de expressão ou mesmo de discriminação quanto a cor, raça, religião, classe social e/ou orientação sexual de cada indivíduo, mas de defesa de princípios de duas frentes de eixos e objetivos opostos. Como apregoa ser uma pessoa cristã e defensora da prática evangélica, a deputada precisa definir para qual dos lados o seu mandato irá pender, até mesmo para evitar que a defesa de ambas as frentes não vire apenas uma moeda eleitoral.
Em relação à prestação de contas da Secretaria de Juventude, o blog não entrou no mérito da culpabilidade e responsabilidade de ninguém no episódio, apenas se restringiu a relatar uma suposta ação do Palácio do Buriti para que o jornal Correio Braziliense divulgalsse matéria contrária à deputada, como forma de monitorar os seus rompantes de rebeldia contra o governo, veiculados no programa de rádio e TV do seu partido, o PMN.
Por fim, colocamos este veículo de comunicação à disposição da deputada e de sua assessoria para eventuais esclareciementos.
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