terça-feira, 19 de abril de 2011

Governador luta contra o fogo amigo

Redes sociais viram arma contra um grande enxadrista. Brasília volta a viver um quadro atípico. É preciso realinhar o tabuleiro. A um sinal de rebeldia, basta o clássico P4xCR


Orquestra-se no seio do poder brasiliense uma manobra sórdida para desacreditar os goverantes. O alvo do fogo amigo é o próprio chefe do Executrivo. O enxadrista tem visto sair das suas mãos, como a água que se esvai entre os dedos, as rédeas que ainda lhe garantem o controle da situação. Brancas e pretas brigam entre si no tabuleiro.

A contra-informação domina. E Brasília vive um quadro atípico.

Nos últimos dias observa-se que o filho da princesa tenta aplacar a ira dos adversários, chamando ao diálogo. Mas, de outro lado, a figura do eletricista magoado acena com a possibilidade de provocar trevas, desligando o interruptor da luz. De outro, um vigilante que deveria estar atento, decide fazer vista grossa para o que se passa à sua volta, como quem já não tem o combustível da energia.

No centro de tudo, emparedado, o diácono fica sem ação, sem poder lançar mão do que aprendeu em seus sete anos de estudo. Como uma biruta, age ao sabor dos ventos que sopram para todos os lados em momentos críticos. Dobra-se à força invisível, divizível,  que rasga o vestido da noiva encarregada de promover alianças entre o Executivo e o Legislativo.

Boatos procuram desacreditar ações pontuais, como se a caixa de Pandora fosse aberta para trazer novas verdades, em forma de vídeo, ao ainda conturbado quadro político da capital da Repúiblica.

Diz-se em redes sociais virtuais - as mesmas que os rebeldes utilizam para incendiar os países árabes - que o delator-mor, vítima de uma suposta ameaça de atentado, optou por distribuir mais e reveladoras cópias de sua filmoteca particular, onde os atores não sabiam estar sendo filmados.

O fogo amigo se alastra. O engenheiro comenta com  seus seguidores, com expressão hilária, que novas torres gêmeas podem desabar toda uma estrutura alicerçada pelo voto de quem apostou em um novo caminho.

O homem das duas funções, mas de uma só personalidade, se fecha em copas. Tudo ouve, avalia. Civil, da sua casa de dois pavimentos, age para que o cabo da sustentação da governabilidade não se curve. Para que, como um patrício que segue a máxima cristã, promova a paz entre os homens.

Rei é Deus. E governador é chefe. O profissional respeitado sabe disso. E precisa mostrar o que o governante faz, promovendo sua imagem e seus atos por meio de todos os canais.

O governador tem o tabuleiro na sua frente. As peças do xadrez precisam ser realinhadas. Filho de princesa não nasceu para presidente. Melhor seria como secretário, mais próximo, mais atento, por confiável que é. O eletricista, enquanto peão, não é o governo, mas do governo. É preciso que o vigilante pise no freio, que gaste menos energia e que, atento ao seu raio de ação, produza mais. Se ele fizer isso, a noiva costurará as alianças, como a missão confiada ao diácono.

Quanto ao cineminha de produção caseira, isso é coisa de artista paraguaio. Falsificado.

Peões, cavalos, bispos, torres. E uma dama. O governador, sendo o rei, precisa agir como o enxadrista que é. Não deve comer pela beirada. Deve avançar e mostrar que tem as peças nas mãos. A qualquer sinal de rebeldia, pode usar o clássico lance P4xCR. E dar xeque-mate, sepultando a rebelião.

Fonte: Blog do José Seabra - Extraído do Blog do Edson Sombra


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